dezembro 19, 2011

Assim falou Jimmy Dean...

Um dos impulsos mais profundos do ser humano é o desejo de ser apreciado, a vontade de ser amado estimado, e ser uma pessoa procurada.

Se existe uma escolha, prefiro fazer as pessoas prenderem o fôlego, do que bocejarem.

Um ator deve entender completamente o personagem que está representando. Não existe melhor forma do que tentar ser aquela pessoa em casa, longe das câmeras.

Correndo é o único momento em que me sinto inteiro. Ao volante me sinto uma estrela, mas com preocupações aterradoras. Por isso devo todas as minhas vitórias à minha ansiedade.

   O homem é atirado  num mundo sem compaixão, no qual ele tenta atingir objetivos, que inevitavelmente acabam esbarrando na morte. Ele pode evitar o pensamento da dissolução que se aproxima vivendo sua vida em termos de generalidades convencionais, mas não pode ser verdadeiro a si mesmo vivendo com a certeza da morte inevitável... O homem é levado a sujeitar-se a um destino ao qual ele pode fechar os olhos, mas não pode escapar.

   As pessoas me diziam que eu me comportava como Brando, antes que eu soubesse quem era Brando. Não fico chateado com a comparação, nem lisonjeado. Tenho minha própria rebelião pessoa, e não preciso me apoiar na de Brando.

Vacas, porcos, galinhas e cavalos podem não parecer professores dramáticos de primeira, mas acreditem ou não, eu aprendi muito sobre representar com eles. Trabalhar numa fazenda me deu uma visão da vida que foi tremendamente útil para compor personagens... Uma pessoa neurótica tem necessidade de se expressar, e minha neurose se manifesta no dramático. Por que a maior parte dos atores representa? Para expressar a fantasia na qual se envolveram.

   Existe apenas uma forma de grandeza para um homem. Se um homem puder ultrapassar o abismo entre a vida  e a morte, quero dizer, se ele conseguir viver depois que morreu, então, talvez, seja um grande homem.

   Para mim, representar é a forma mais lógica para que as neuroses das pessoas se manifestem, dentro da grande necessidade que temos de nos expressar. Segundo minha forma de pensar, uma carreira de ator está traçada mesmo antes que ele saia do berço.

Seja o que for que me faz desse jeito, é como filme fotográfico. O filme só funciona no escuro. Se deixar bater a luz, a gente estraga tudo.

   O palco é como uma religião; você se dedica a ele, e de repente descobre que não tem mais tempo para ver os amigos, e é difícil eles entenderem. Não se vê ninguém. Você fica sozinho com sua concentração e imaginação, e é tudo que se tem. Você é um ator.

   Quero viver tão intensamente quanto possível. Ser útil e ajudar os outros no que for possível, pelo menos. Mas viver para mim mesmo, também. Quero sentir coisas e experiências até as raízes...

Se eu viver até cem anos, não vai dar tempo de fazer tudo o que eu quero.

   Morte. É a única coisa que resta a respeitar. É a única verdade imutável e inegável. Todo o resto pode ser questionado. Mas a morte é a verdade. Nela está a única coisa nobre para um homem, e além dela, a única esperança.

   "Uma hora de glória vale uma vida inteira sem nome". Alan Seeger, poeta. É essa a frase que quero em minha lápide, está percebendo? É o que quero escrito...




                                                                                                                                                                                 


Um comentário:

  1. Parece que ele se preocupava bastante com a morte....

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